Conforme o International Nut and Dried Fruit Council Foundation (INC), a produção de nozes e castanhas cresceu mundialmente, nos últimos 10 anos 42%, passando de 2.944 mil toneladas em 2008 para 4.187 mil toneladas em 2018. Desta forma, anualmente, a produção cresce a uma taxa de 4% ao ano.
A Macadâmia cresceu bem mais, 96% no mesmo período, aumentando de 26.495 para 51.854, refletindo um crescimento anual de 7% ao ano, conforme tabela abaixo:
O consumo de nozes no mundo vem crescendo de maneira sustentável. Nos últimos 4 anos, cresceu, em média, 6% ao ano, aumentando de 3,385 mil toneladas em 2013 para 4,256 mil toneladas métricas em 2017. Apenas a Castanha do Pará não teve aumento, em função da queda de sua produção.
O consumo mundial de macadâmia está crescendo a um ritmo superior, 8% ao ano, sendo, portanto, a castanha que tem o consumo em maior expansão, conforme dados abaixo:
Ainda quanto ao consumo mundial, é possível observar que a macadâmia corresponde a apenas 1% do consumo mundial, refletindo um potencial de crescimento muito grande, já que é uma das nozes mais apreciadas e com ótimas qualidades nutritivas e saudáveis.
As exportações mundiais de nozes e castanhas movimentam US$ 37 bilhões ao ano. Este mercado promissor, ainda é pouco expressivo para o Brasil: exportou apenas US$ 196 milhões em 2018. Especificamente, a exportação de macadâmia no ano passado foi de US$ 10 mil.
Nozes e castanhas são pouco representativas em termos de balança comercial. Conforme dados da Divisão de Nozes e Castanhas do Departamento de Agronegócios (Deagro), entidade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Brasil exportou, dez anos atrás, US$ 229 milhões entre nozes e castanhas, enquanto o Chile, apenas US$ 96 milhões. Passados dez anos, os chilenos exportaram US$ 586 milhões, multiplicando as exportações por seis. Caso o Brasil também tivesse aumentado em seis vezes as exportações desses produtos, teria exportado US$ 1,3 bilhão, o que colocaria este seguimento como o 15º produto em importância nas exportações brasileiras.
No Brasil, a macadâmia produziu em 2018, cerca de 6.000 toneladas em casca (NIS). Para este ano, a produção prevista é de 7.200 toneladas. Corresponde a um incremento de 20% em relação ao ano anterior. Ainda mostrando valores pouco expressivos em relação ao potencial.